Num tempo onde actualmente a credibilidade política tem andando pelas ruas da amargura levando a que exista uma descrença cada vez maior da sociedade na capacidade dos nossos governantes em governar a bem da nação e dos portugueses em detrimento de apenas uns quantos, exige-se a tomada de medidas sérias e honestas.
As elevadas taxas de abstenção verificadas desde há muito tempo nas diferentes eleições são o espelho desse descrédito e do afastamento da sociedade dessa classe política, uma vez que as pessoas interrogam-se se vale a pena votar, pois independentemente do partido que governe (um dos dois) não se vislumbram melhoras.
Acumulam-se os exemplos de nomeações polémicas, de eventuais favorecimentos, de políticas orientadas muitas vezes para grandes grupos económicos, e muitos outros exemplos que levam ao descrédito completo da sociedade na classe política.
Mas será que ainda acreditamos que toda esta situação pode ser invertida e que podemos ainda ter esperança que no futuro podemos estar descansados que os representantes da nação irão colocar de lado lobbies e pressões e vão colocar os interesses da nação e dos portugueses acima de tudo?
Para descobrirmos nada melhor do que ver as leis que a Assembleia da República aprova, tais como a lei em que os partidos políticos vão poder fazer aplicações financeiras, esta sim uma lei moralizadora e credibilizadora da classe política, ou será que será mais um "LIMIANO"??
Senão veja-se que entre às alterações à nova lei de financiamento dos partidos políticos consta a possibilidade de "(...) terem rendimentos provenientes do seu património, designadamente arrendamentos, alugueres e aplicações financeiras. (...)"
Mas que tipo de aplicações financeiras estamos a falar??? Serão depósitos à ordem??? Depósitos a prazo ??? Aquisição de obrigações??
Ou estamos a falar de aquisição de participações em fundos de investimento nacionais, ou mesmo acções???
Claro que consigo compreender que um partido que possua excesso de tesouraria necessite de investir de forma a obter algum rendimento. Mas será que as aplicações financeiras serão todas iguais? Será que não existem incentivos perversos em algumas delas??
Será moral, que os partidos dispondo de informação priveligiada sobre as leis que estão em discussão, as quais em algum momento ou outro de certeza que têm impacto em qualquer um dos sectores de actividade, poderem efectuar investimentos em acções ou fundos de investimento relacionados com esse mesmo sector, podendo assim vir a beneficiar das decisões que venham a ser tomadas?
Será que é assim que credibilizamos a classe política?
Será que é isto que queremos para o futuro do nosso país?
Será que é isto que queremos para o futuro do país dos nossos filhos?
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