Uma das medidas que entrou hoje em vigor foi o corte do abono de família às famílias dos 3º e 4º escalões de rendimentos (rendimentos mais elevados), e da majoração de 25% nos escalões mais baixos.
Eu entendo que o Estado precise de cortar na despesa de forma a reduzir o défice, isto porque se existe despesa supérflua esta deverá ser cortada.
Existe no entanto despesa que não pode ser considerada supérflua e que como tal não deve ser cortada, com seja o abono de família que de destina a ajudar as famílias mais necessitadas nas suas despesas com os filhos.
Posso dizer que sendo um dos beneficiários do abono de família, incluído naqueles que vão perder o direito a esta prestação social, posso afirmar que felizmente não preciso deste valor para sustentar os meus filhos, o qual era guardado para o seu futuro, até consigo compreender a perda a este direito, desde que as verbas poupadas com o corte do abono de família às famílias do 3º e 4º escalões fossem redistribuídas pelos escalões mais baixos, esses sim mais necessitados, aos quais nem sequer deveria ser retirada a majoração dos 25%.
A verba do orçamento para o abono de família não deveria assim ser reduzida, mas sim mais bem redistribuída por quem mais necessita, o que deveria ser acompanhado de uma maior e mais eficiente fiscalização a fim de evitar situações de fraude.
Corte-se no que é supérfluo, como sejam as iluminações de Natal ao longo de todo o país, nas campanhas eleitorais, no financiamento aos partidos, nos custos com a Assembleia da República, diminuindo-se os seus mais diversos subsídios e no número de deputados, mas não se corte no apoio aos mais necessitados.
Sem comentários:
Enviar um comentário