sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Corrida e Solidariedade

(Foto Retirada da Internet)

Neste momento enqunato estou pela 10ª semana de preparação para a Meia Maratona de Lisboa (incluida na maratona de Lisboa a realizar em Dezembro) está na altura de participar em algumas provas de distâncias mais pequenas para testar como a preparação está a resultar.

Mas melhor ainda é poder juntar o útil ao agradável e juntar o prazer de correr com a possibilidade de ajudar uma boa causa.

É por isso mesmo que este domingo vou participar na 1ª Corrida da Cruz Vermelha Portuguesa, onde vou tentar chegar ao meu record pessoal de 1h e 58s aos 10 kms (obtido em 2008) e ao mesmo tempo contribuir para que a Cruz Vermelha possa angariar fundos de forma a ajudar aqueles que são mais carenciados.

Resta apenas que os fundos angariados sejam usados de forma sábia e permitam ajudar aqueles que mais precisam.

Domingo, vamos correr por eles!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não aguento mais....

(Foto retirada da internet)

19h00m
O dia passara a correr. Ali estava ele a uns meros trinta metros de sua casa. Lá dentro a sua mulher andava como sempre atarefada a arrumar a casa e a adiantar o jantar, esperando que ele chegasse. O seu filho mais velho, esse deveria estar no quarto, sentado à sua secretária às voltas com os trabalhos de matemática que o professor lhe havia mandado para casa. Ele no entanto ali continuava. Queria ir para casa. Queria poder fechar os olhos. Queria descansar. No entanto não podia pois as suas pernas teimavam em desobedecer à ordem de andar. Permaneciam estáticas, possuidoras de um peso descomunal.

19h15m
As suas pernas teimavam em não se aproximar de casa. Olhou para a sua esquerda e reparou que aquele cafézinho da esquina continuava aberto. Decidiu entrar. Precisava de se sentar, pois as suas pernas começavam a tremer. Precisava de descansar.

- Boa tarde! Em que posso ajudá-lo?

À sua frente estava a empregada do café. Uma mulher alta, morena e bem constituída. Tinha de cerca de 40 anos. Apresentava um ar cansado, talvez por estar a trabalhar desde as 8h da manhã.

- Hã!! Desculpe, estava distraído. Por favor queria um chá. Mas não quero nada muito forte. Pode ser um chá de tília.

Ao ficar novamente sozinho, sentado à mesa daquele café, embrenhou-se novamente nos seus pensamentos. O rosto daquela mulher simples não saía da sua cabeça, apesar de ela ter voltado para trás do balcão e de estar de costas para ele. Apesar do seu rosto cansado, não conseguia ter pena dela. Sentia, isso sim, inveja. Inveja de o seu rosto não estar também assim cansado. Quem ouvisse os seus pensamentos julgaria que ele estaria louco. Mas não, não estava louco. Não que isso não viesse um dia a acontecer se nada mudasse.

19h20m
- Aqui está o seu chá. Cuidado que está quente. Deseja mais alguma coisa?
- Obrigado. Não. Está bem assim.

Pegou devagar na chávena e bebeu um pouco de chá. Que raio de dia aquele. Que raio de semana aquela. Como de costume tinha saído de casa às 7h30m para ir trabalhar. Tomara o seu pequeno almoço de cereais, fizera a barba, vestira o seu fato e colocara uma gravata azul. Não saíu de casa sem antes passar pelo quarto do filho e lhe dar um beijo na cara enquanto dormia profundamente. Passara depois pela cozinha onde se despedira da sua mulher com um beijo, dizendo-lhe "Amo-te Princesa!".

Dez minutos mais tarde, estava sentado num café com o jornal aberto nas páginas de anúncios de emprego, à procura de algo que lhe desse garantias de poder vir a ser selecionado. Marcou cinco anúncios. Passou todo o dia a telefonar e a ir a entrevistas de emprego. NADA. Não conseguira arranjar emprego. Havia quinze dias que a sua rotina era esta. Havia quinze dias que tinha sido despedido, juntamente com outros 50 colegas. Havia quinze dias que vivia com aquele segredo. Havia quinze dias que, todos os dias de manhã fingia em casa que ia sair para o emprego. Não tinha tido coragem para dizer nada. Sabia que um dia tinha que dizer a verdade. Andava a reunir forças. Seria hoje?

20h00m 
O café estava quase a fechar. Levantou-se. Foi até ao balcão e pagou. "Boa noite" - despediu-se. Ao cruzar a porta do café reparou que aquela tarde cinzentona havia-se tornado numa noite chuvosa. Levantou as golas da gabardine e encaminhou-se para o meio da rua. A escassos metros da porta de sua casa voltou a parar. Uma vez mais as suas pernas recusavam-se a andar.

20h05m
Continuava parado. A sua roupa estava encharcada da chuva forte que teimava em cair. O seu cabelo encharcado estava. Sentiu que algo lhe escorria pela face, que não a chuva. Era algo quente, que lentamente escorria por baixo de toda aquela água. Algo que teimava em continuar a jorrar. Estava a chorar. Chorava convulsivamente. Sentia-se um fracassado, mas tinha a certeza que a sua mulher o compreenderia e que o apoiaria. Não aguentava era a ideia de que ao contar a verdade desiludisse o seu filho. Queria acima de tudo que este se orgulhasse dele. Que se orgulhasse do seu PAI. Aquele sentimento estava a dar cabo dele. Estava a matá-lo.

20h15m 
Por fim as suas pernas mexeram-se e dirigiu-se para casa. Ao entrar em casa, como de costume, deu um beijo na mulher e disse-lhe: "Amo-te, Princesa!" e dirigiu-se ao quarto do seu filho, decidido a contar a verdade.

Ao chegar junto da sua secretária, onde estava a resolver problemas de matemática e, ao sentir a sua presença, viu-o levantar a cabeça e olhar para ele:
- Boa noite, Pai!
- Boa noite, filho!
- Pai, estás todo encharcado. O que aconteceu?
- Não foi nada. Isto já seca. Fi...
- Pai, porque é que tens os olhos tão vermelhos? Estiveste a chorar?
- Não. Que disparate. Foi uma areia que me entrou para a vista com o vento, e estou farto de a esfregar, mas ela não sai. Como foi a escola?
- Correu bem. Tive um muito bom a matemática. Fui o único.
- Ainda bem filho.

Baixou-se e deu-lhe um beijo na testa. Lentamente, voltou costas e saiu do seu quarto. Decidiu continuar a fingir. Afinal ainda não tinha conseguido encontrar coragem para contar tudo.

Fica para outro dia.

Participação no tema de Setembro/2011 ("Fingimento") da Fábrica de Letras


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Corrida aos Livros.

(Foto retirada da internet)

Há já alguns anos que não tinha que me preocupar com a corrida aos livros escolares. Porém este ano, com a entrada para a primária do meu filho mais velho, essa preocupação voltou outra vez. Soube muito bem voltar a comprar toda aquela parafernália: os livros para a escola, a mochila, o estojo, os lápis, as canetas, os cadernos, a régua, a tesoura, e tudo o resto, incluíndo a secretária, a cadeira e o candeeiro.

No entanto no meio de todas estas compras houve algo que me surpreendeu e que me leva à razão deste post.

Num certo dia quando andávamos a comprar estas coisas, decidimos comprar papel autocolante para forrar os livros da escola. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a dificuldade que era todo aquele processo, e como era raro conseguir que um livro ficasse bem forrado, sem bolhas de ar, ou sem vincos, depois de termos picado a bolha e retirado o ar.

Já estava a adivinhar a complicação que por aí vinha. Mas eis senão quando um dos empregados de uma das lojas (perdoem-me mas não vou fazer publicidade) nos indicou uma solução alternativa, mais fácil, e ainda por cima solidária, uma vez que 1€ reverteria para a AMI.


A solução era uma embalagem com 10 capas plásticas para forrar livros (6 euros), e que possuía umas tiras autocolantes que faziam aderir o plástico à lombada do livro e que o colavam no interior da contracapa, mais para dentro, ou mais para fora, consoante o tamanho do livro. Ainda possuia um picotado que permitia de uma forma muito fácil fazer o remate da capa de plástico junto à lombada do livro.Para terem uma ideia mais concreta do que estou a para aqui a dizer aqui fica uma foto das capas:
  
O resultado?

Foi muito fácil e rápido forrar os livros, sem todas aquelas bolhas e vincos do papel autocolante. Só tive pena que no meu tempo não houvesse nada disto. Mas o melhor é que acima de tudo estamos a contribuir para ajudar a AMI com a compra destas capas, coisa que não me importo de fazer, apesar do seu Presidente (Dr. Fernando Nobre) ter descido na minha consideração depois de toda aquela palhaçada das eleições e da candidatura a Presidente da Assembleia da República. No entanto, uma coisa é o homem, e outra a INSTITUIÇÃO e todo o bem que ela proporciona.

Recomendo assim a todos que têm que lidar com este problema o uso destas capas que podem ser encontradas em várias superfícies comerciais (eu já as vi em vários lado), ainda que as vezes possam passar despercebidas.

Se não as encontrarem, perguntem por elas, e ajudem, vão ver que não dói nada e que até se sentem bem em poder ajudar a AMI.

Se conhecerem alguém que tenha que forrar livros da escola, divulguem esta ideia e vamos todos apoiar a AMI.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Desaparecida !!!


(Foto retirada da internet)

Desde o dia 21/06/2011, dia da sua tomada de posse, que se encontra desaparecida a nossa Ministra da Justiça e, ex-comentadora televisiva, não se tendo tido qualquer notícia sobre ela desde esse dia, nem mesmo sobre qualquer medida de despenalização do uso da gravata.

Pede-se informações sobre o seu paradeiro e suas eventuais medidas, a quem as tiver, sobre pena de virmos a perder de vista tamanho desgoverno deste Governo.

P.S. - Não se ofereçe qualquer recompensa pelas informações recebidas, medida esta que está enquadrada no pacote de austeridade imposto pela "troika" e mais além.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aberto

(Foto retirada da Internet)

Apesar de ainda estar de férias, as saudades de voltar a escrever no blog e de visitar todos aqueles blogs que ultimamente tenho visitado regularmente.

Assim, decidi reabrir este singelo espaço, e estão todos convidados a por cá passar.

NOTA: Depois de nos comentários ter sido chamado à atenção e, com razão, há que reconhecer, que qualquer reabertura tem bebidas e bolinhos, aqui fica o meu "mea culpa" por reabertura tão apressada e atabalhoada.

Assim deixo aqui à vossa disposição, para que se possam servir à vossa vontade, de uma singela e fresca .....

(Foto retirada da Internet)

.... água com gás, e de umas deliciosas e apetitosas .....


(Foto retirada da Internet)

... bolachas de água e sal. Espero que compreendam que para quem está a tentar emagrecer cerca de 10 kgs até ao início de Dezembro, para fazer a meia maratona, seria uma terrível maldade disponibilizar chocolate quente e bolinhos.

Espero que se sirvam à vontade, e se quiserem tragam os vossos amigos a este humilde e singelo espaço.
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