quinta-feira, 28 de abril de 2011

E venha o Caneco !!!!


Agora, O CANECO é practicamente NOSSO, independentemente de quem o venha a ganhar.

Só espero é que não seja penhorado ao FMI !!

Doce Páscoa (2) !!


(Foto retirada da internet)

Depois do desafio que lancei no post anterior, aproveito para vos deixar aqui a experiência por mim vivida nesta quadra.

Aproveitando o facto de ser um fim-de-semana prolongado de 4 dias eis que fui passar este período longe do reboliço que é uma grande cidade como Lisboa. Foram 4 dias passados no sossego de uma aldeia bem no interior de Portugal, a cerca de 20 kms de Castelo Branco, na companhia da familía e aproveitando todos os momentos junto dos rebentos.

Claro que as amendôas e os ovos de páscoa estiveram presentes, mas numa quantidade q.b. O importante destes dias foi o sossego, o descanso e a partilha de momentos. Embora o tempo não fosse o melhor deu para fazer muitas brincadeiras com os pequenitos e fazer com que um deles quase que já consiga andar sozinho de bicicleta. Foram momentos de partilha e de diversão.

Foram momentos de nostalgia onde relembrei algumas das brincadeiras da minha infância, onde não existia toda a planóplia de brinquedos que existe hoje, mas onde não deixávamos de ser felizes, utilizando pequenas coisas para inventar as nossas brincadeiras. Eram pequenas coisas que transformávamos em brincadeiras deliciosas e que nos proporcionavam longas horas de diversão, muitas das quais os nossos filhos nem sabem o que são, pois apenas conhecem as consolas, os Gormitis, os Bakugans, e muitos outros.

Podem chamar-lhe saudosismo, mas garanto-vos que soube muito bem recordar velhos tempos e poder partilhá-lhos com os mais pequenitos.

E agora pergunto eu:

Quem não se lembra, e não tem saudade das brincadeiras da sua infância?




quinta-feira, 21 de abril de 2011

Doce Páscoa !!

(Foto tirada da internet)

A Páscoa aproxima-se rapidamente e os supermecados ficam pejados de amêndoas para todos os gostos(francesas, de chocolate, com açúcar, e muitos outros tipos que não sei o nome, ou agora não me lembro) de ovos de Páscoa (pequenos, médios ou grandes), e de coelhinhos de chocolate, e se calhar muitos outros animais de chocolate, desde que sejam doces ou fofinhos.

Mais uma vez começa a nossa azáfama de irmos até ao supermercado e escolhermos as amendoas mais apropriadas para os pais, filhos, tios e tias, primos e primas, professores dos filhos e educadores de infância, amigos, etc e tal, numa febre consumista que faz lembrar o que acontece em outros períodos como sejam o Natal, o dia dos namorados, o dia da Mãe, o dia do Pai, o carnaval e a compra de disfarces, o recente Halloween importado dos EUA, e outros que tais.

Com toda esta azáfama imposta por uma sociedade cada vez mais consumista, somos empurrados pelos agentes económicos e pela necessidade de nos sentirmos devidamente integrados juntos dos nossos pares a dar maior importância a aspectos materiais e a esqueçer o fundamental: as relações humanas de afecto, companheirismo, amor e amizade que todos nós devemos sentir, e aproveitar estes momentos para cimentarmos estes sentimentos, vivendo-os de forma plena e feliz e podermos fazer os outros felizes, sejam eles familiares, amigos ou até mesmo desconhecidos que necessitem de um pouco de atenção e felicidade.

Deixo-vos aqui um pequenino desafio:

Aproveitemos estes poucos dias desta quadra para os vivermos com amêndoas, folares, ovos e coelhos de chocolate q.b. sem esquecer as relações humanas para que os possamos viver de forma plena e contribuindo para a felicidade daqueles que mais precisam.

Deixo-vos ainda aqui o convite para depois de passada esta quadra, poderem aqui vir, se assim o quiserem e entenderem, partilhar as vossas experiências e os sentimentos e emoções que estas vos trouxeram.  

Por fim deixem-me apenas desejar:

Uma BOA e FELIZ PÁSCOA !!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Sem mãos a medir...


(Foto retirada da Internet)

Nunca um cartoon efectuado há 37 anos atrás, logo após a queda do Estado Novo e a restauração da democracia se manteve tão actual nos nossos dias.

Sinais dos tempos, e sinais de que este povo nada aprende continuando a permitir que isto aconteça, tão passivo que se mostra nos actos eleitorais, nas escolhas que faz.

sábado, 16 de abril de 2011

Momento de Liberdade


Toda a sua vida tivera havia seguido as regras que lhe eram impostas. Na sua infância, embora esta tivesse sido alegre, divertida e cheia de brincadeiras, tinha que seguir as ordens dos seus pais e dos seus avós. Na escola tinha que obedecer aos professores, seguir as regras que existiam, vestir a farda do colégio todos os dias. Nos seus tempos livres aprendia música e fazia atletismo, e também aqui o seu mundo estava repleto de disciplina e regras.

Depois veio a faculdade e as obrigações mantinham-se. Embora não fossem impostas de forma expressa, a necessidade de tirar boas notas para concluir o curso com uma boa mádia e assim poder arranjar um bom emprego e ter sucesso, era um espartilho invisível que condicionavam a sua liberdade. Continuava a fazer atletismo, treinando 3 vezes pos semana. Naquela altura na sua vida o seu dia dividia-se entre o estudo e os treinos de atletismo. Pouco tempo lhe restava para fazer o que ela realmente queria, para fazer o que lhe "desse na telha!".

Acabada a faculdade, começou a procura de emprego e as responsabilidades profissíonais que daí vinham. Passava o dia a correr de casa dos pais para o trabalho; do trabalho para casa dos pais; de casa dos pais para os treinos de atletismo; dos treinos de atletismo para casa dos pais, e ainda tinha que ajudar em casa, passando a ferro, lavar a loiça, limpar a casa, ir às compras. 

Não tinha tempo para si. Não tinha tempo para fazer o que queria, o que lhe apetecesse.

Mas hoje era um dia diferente. Hoje era o primeiro dia de uma vida nova. Tinha deixado o atletismo, ou pelo menos a vertente da competição. Agora corria apenas quando queria, e porque queria. Mudara de emprego e criara a sua própria empresa. Trabalhava como consultora de imagem, fazia o que queria e tinha ganho uma autonomia financeira invejável. Comprara uma casa para morar sozinha. Ainda que adorasse os seus pais, necessitava do seu espaço, do seu cantinho onde pudesse ter a sua liberdade.

Hoje era o primeiro dia em que morava sozinha. Levantou-se cedo, calçou os seus ténis e saiu para a rua para ir correr. Tinha corrido durante 2 horas e apesar de cansada sentia-se bem, sentia-se feliz, sentia-se livre. Aproveitou o sossego de ser Domingo e de ainda serem 9h da manhã para se deitar no chão, no lancil do passeio, mesmo juntinho à estrada. Deixou-se ficar ali a observar o céu, invadida pelo suave aroma da relva intensificado pelo facto de ter sido recentemente regada, o que lhe dava aquele cheiro tão característico.

Continuava a adorar os seus pais. Continuava a ter que seguir as regras que a sociedade lhe impunha. Mas aquele momento era só seu. Naquele momento sentia-se livre.

Aquele era o seu Momento de Liberdade !!


Esta é a minha participação na 11ª edição Visual do blog Projecto Créativité


sexta-feira, 15 de abril de 2011

O meu mundo és tu.

(Foto tirada da internet)

Naquele fim de tarde chegara a casa cabisbaixo. Estacionou o Ferrari na garagem de sua casa. Desligou o motor, saiu do carro, dirigindo-se para a saida da garagem. Ao chegar à porta não resistiu e voltou-se para trás para olhar o seu "puro sangue" uma última vez. Amanhã, àquela mesma hora a garagem estaria vazia depois de um reboque o ter vindo buscar como parte do pagamento ao banco. Lentamente foi fechando o portão da garagem sem conseguir desviar o olhar daquele vermelho vivo, daquele que era o carro dos seus sonhos.

Foi calcurreando o caminho de pedras desenhado na relva do jardim que envolvia a sua casa, uma luxuriante vivenda situada num local isolado e junto ao mar. Parou junto à piscina e por momentos ficou a ver o seu reflexo na água. Veio à sua memória um mar de recordações de tempos felizes vividos naquela casa, naquele jardim, naquela piscina. Dali a uma semana a sua casa iria ser leiloada pelo banco para pagar parte da sua dívida ao banco. Começava a fazer-se sentir uma fria brisa, normal ao entardecer, que se ia tornando cada vez mais desagradável.

Levantou a gola do seu casaco e encaminhou-se para dentro de casa. Caminhava lentamente. O peso dos seus pés crescia exponencialmente e começava a ser sobre-humano o esforço que tinha que fazer para dar um novo passo. 

Entrou em casa e dirigiu-se à sala. Serviu-se de um whisky. Puro. Sem gelo. Queria sentir toda a força daquele whisky velho a descer pela sua garganta. Talvez assim conseguisse também arranjar forças para enfrentar o futuro. Foi até à janela da sala e admirou o mar, dourado, sobre a luz de um sol que desaparecia no horizonte. Dentro de uma semana não mais poderia gozar daquela vista. Ia morar no centro da cidade, numa apartamento minúsculo e infecto que conseguira alugar numa cave. Era o mais barato que tinha encontrado.

Ali, naquele momento, teve então consciência de que era um PERDEDOR. Tinha apostado na bolsa, e tinha perdido tudo. Tinha perdido uma casa de sonho. Tinha perdido o carro dos seus sonhos. A sua mulher abandonara-o quando soube que ele tinha perdido tudo, acusando-o de ser egoísta, de não pensar no futuro deles, no futuro do seu filho.   

Pensou em abrir a janela, percorrer a curta distância da varanda e saltar para a falésia de encontro ao mar. Demoraria poucos segundos a percorrer na vertical os 60 metros que o separavam do mar, do vai e vem daquelas ondas que lhe trariam a calma que perdera e acabaria de vez com o seu sofrimento, com os seus problemas.

Absorto que estava nos seus pensamentos não se apercebeu dos passos que vindos de trás se aproximavam dele. De repente, sentiu que uma pequenina mão, macia e quente, segurava a sua mão gelada.

Olhou para baixo e viu o rosto inocente de uma criança que olhava para cima, sorrindo e que com a ternura característica das crianças disse:

- Pai, eu gosto muito de ti.

Naquele momento, percebeu que não era um PERDEDOR. Percebeu que tinha tudo aquilo que desejava. Percebeu que não havia nada de mais maravilhoso. Percebeu que iria usar todas as suas forças para lutar pelo seu filho, para o fazer feliz, para o amar, e para que ele sentisse orgulho nele, sentisse orgulho no seu pai.

Esta é a minha participação na  16ª Edição De-sa-fi-o do blog Projecto Créativité


 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Coisas que me IRRITAM !!! (3)

(Foto retirada da Internet)

No meu tempo era assim.

Agora é assim .........


(Foto retirada da Internet)

Obrigado Santana Lopes, do fundo do Coração.

Porque sou contra o Bullying




A menina que chamas de gorda, passa dias sem comer para perder peso.

O menino que chamas de burro, quem sabe tenha problemas de aprendizagem.

A menina que acabaste de chamar de feia passa horas a arranjar-se para pessoas como tu a aceitem.

O menino que provocas e gozas na escola, pode receber maus tratos em casa e só estás a contribuir para destruir a sua auto-estima.

Se é contra o BULLYING compartilhe.

Porque este flagelo tem que ter fim.


Aderi ao apelo do Blog "As minhas histórias".

Vamos todos partilhar, nos blogues e fora deles.

terça-feira, 12 de abril de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

Doce Embalo

(Foto tirada da internet)

O Sol foi descendo no horizonte dando lugar à noite. A rotina repetia-se e a hora de ir dormir aproximava-se velozmente. Ainda havia várias coisas para fazer antes de ir para a cama: despir a roupita, trocar a fraldinha, vestir o pijaminha, colocar o saco cama (para o caso de se destapar de noite), e claro colocar a chuchinha. Depois havia que dar um beijinho de boa noite à mãmã e ao mano.

Agora, despachadinho, era chegada a hora de ir para o seu quarto onde dormiria um soninho descansado na sua caminha de grades, para que durante a noite não tivesse a tentação de praticar desportos radicais.

Levei-o ao colo mas ao entrar no seu quarto às escuras, começou a choramingar, como que a resmungar que não queria ir já para a cama. Mal liguei a sua caixinha de música, que também projecta bonecos no tecto, aninhou-se nos meus braços, olhando para mim naquela suave penumbra, enquanto sorria para mim, aquele sorriso lindo de chucha na boca.

Enquanto cantava ao som da melodia que irradiava da sua caixinha de música, ia balançando levemente para lá, e para cá... para lá, e para cá ... para lá, e para cá. Ele adora ser embalado assim, tanto que começou a dar pequenos gritinhos e risadinhas.

E eu continuava a embalá-lo para lá, e para cá...., para lá e para cá ..., para lá e para cá....

Naquele quarto às escuras, ao som daquela suave música, não eram apenas os seus olhitos que começavam a ficar pesados, mas também os meus. Fechei os olhos e continuei a cantar ao som da música, enquanto balançava para lá, e para cá.... para lá, e para cá, .... para lá, e para cá.

Mas de repente algo inusitado aconteceu....

Enquanto balançava para lá, e para cá.... de olhos fechados e cantando ao som da sua caixinha de música, senti que algo tocava na minha face. Algo pequeno. Algo macio. Algo quente que deslizava pela bochecha da minha face. De repente parou para voltar logo a seguir, desta vez de baixo para cima, andando de um lado para o outro como um bêbado quando anda aos SS's pelo meio da rua. Foi subindo, subindo, subindo até chegar ao meu nariz.

Eu porém alí continuava a balançar para lá, e para cá.... de olhos fechados e cantando ao som da sua caixinha de música sentido a sua pequenita mão a passear na minha cara e a apertar o meu nariz enquanto dava uma gargalhada.

Foi um momento único, que me arrepiou e me fez desejar ali permanecer para sempre, com ele no meu colo e sentindo a sua mãozita na minha cara, desejando que ele nunca crescesse.

Naquele momento eu era o homem mais feliz deste mundo.



Texto para o tema de Abril/2011 ("Ternura") da Fábrica de Letras.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tamos À RASCA !!!!


Então não tínhamos passado com distinção nos Stress Tests ??

Afinal, parece que estamos À RASCA !!!

sábado, 2 de abril de 2011

Banco de Jardim

(Foto retirada da Internet)

Era apenas um banco de jardim. Um banco de jardim onde todos os dias se sentava depois do almoço, sempre que o tempo o permitia.

Passava horas naquele banco de jardim. Costumava fechar os olhos, cheirar os enebriantes odores das flores que a rodeavam. Adorava ouvir o canto dos pardais que se empoleiravam nas árvores à sua volta, ou o canto de um melro que por ali pousasse. Como era bom sentir na sua cara a suave brisa refrescante de um final de tarde, aconchegando-se na sua manta.

Não se lembrava há quanto tempo tinha aquela rotina diária. A memória começava a atraiçoá-la. Não se lembrava de há quanto tempo ia para ali ou de como tinha ido para ali. Só com muita dificuldade conseguia recuperar as suas memórias mais antigas.

Mas hoje estava feliz. Tão feliz como há muito tempo não se lembrava. O dia tinha sido igual a tantos outros. Levantara-se bem disposta e tomara o seu pequeno almoço como de costume. Passara a manhã a fazer palavras cruzadas até ir almoçar com as suas amigas. Depois foi até ao jardim e sentara-se no mesmo banco de jardim, como sempre o fazia. Ali estava ela de olhos fechados, enebriada pelo cheiro das flores, encantada com o canto dos pardais. Mas hoje havia algo de diferente, algo de novo, algo maravilhoso. Para além dos pássaros, aos seus ouvidos chegava um outro som maravilhoso. Era o som de uma criança que brincava perto dela.

Abriu os olhos!!!

Á sua frente estava uma menina, que não teria mais de 8 anos e que brincava alegremente à "Macaca", cantando e rindo com a alegria que só uma criança pode ter. 



(Foto retirada da Internet)

Que bom que era estar ali a ver aquela criança a brincar, a rir, a saltar, a cantar. De repente viu-a dirigir-se para si e sentar-se ao seu lado naquele banco de jardim. Sentiu a sua mão, uma mão pequenita e com uma pele muito macia pousar em cima da sua. O seu peito encheu-se de um enorme amor e alegria quando ouviu as palavras: "Amo-te muito, mãmã!".

Baixou o seu olhar e sentiu uma lágrima soltar-se e descer lentamente pela sua face ao admirar aquela pequena mãozita que repouzava suavemente sobre a sua. Mas ao levantá-lo, aquela menina não estava mais lá.

No seu lugar estava uma mulher com quase 50 anos, que dela se aproximou e a beijou suavemente na face dizendo: "Até amanhã!".

Ao sair, aquela menina, agora mulher, cruzou-se com uma funcionária do centro de repouso e, ainda que tentasse manter-se forte não foi capaz de se emocionar ao dizer: "Eu não queria que a minha Mãe viesse para aqui, mas ela já não podia mais ficar sozinha. Aqui ela está mais acompanhada, é bem tratada, e eu sei que é feliz...., e eu vou estar sempre por perto."


Texto para o tema de Abril/2011 ("Ternura") da Fábrica de Letras.





 
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